Celebrando o seu quarto aniversário, a DUPLEX apresenta a exposição colectiva TAKING THE LIGHT OUT OF THE PRISM, com inauguração a 04 de Novembro.
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Convidando 52 artistas, que previamente trabalharam com a DUPLEX, a exposição colectiva apresenta-se em 3 pavilhões desactivados das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento do Exército, junto ao Campo de Santa Clara em Lisboa, ocupando uma área de cerca de 1500m2.
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A curadoria da exposição é de Susana Rocha, directora artística deste artist-run-space, localizado entre o bairro dos Anjos e da Graça.
Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento do Exército
Largo Dr Bernardino António Gomes (Pai), 169
1100-353 Lisboa
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A DUPLEX nasceu do desejo de criar um espaço independente, para servir de plataforma para artistas emergentes nascidos principalmente nos anos 80/90. Como muitas vezes acontece com artist-run-spaces, a DUPLEX alimenta-se da vontade de explorar diferentes territórios e práticas – neste caso, territórios que muitas vezes ultrapassam a fronteira de projetos individuais e se abrem gradualmente ao entrelaçamento de olhares sobre a arte e a sua práxis, num movimento semelhante ao que pode ser observado no funcionamento diário dos nossos ateliês e residência artística, onde frequentemente artistas partilham em comunidade, fortalecendo o trabalho individual.
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A proposta expositiva “TAKING THE LIGHT OUT OF THE PRISM”, visa valorizar a força de singularidades diversas e até paradoxais que, num espírito de colaboração, conseguem gerar uma dinâmica comum, onde o poder de um ou o de muitos não são mutuamente exclusivos.
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Como num prisma de vidro, a intenção é valorizar simultaneamente a energia coesa (que atravessa a superfície do vidro), e a intensidade ampliada das forças individuais (que do prisma emanam na forma de diferentes comprimentos de onda).
Valores como intersubjetividade, coexistência, permeabilidade, comunidade e unidade/multiplicidade são o cerne originário desta exposição, que pragmaticamente se organiza em 5 núcleos de possíveis proximidades estéticas e conceptuais, que não são estanques:
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PAVILHÃO I
ABOVE EARTH, BELOW WATER AND ALL THE STORIES IN BETWEEN
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No primeiro núcleo contemplam-se possibilidades narrativas, veiculadas a um largo espectro de origens. Tradição oral e comunitária, cartografia, magia, ficção e fantasia, mitologias individuais e efabulações de um futuro insondável, comunicam através de um imaginário que encontra os seus pontos de cruzamento nos quatro elementos naturais (água, terra, fogo e ar) e numa noção pulsante de inicio embrionário - de vida, de realidades e discursos alternativos ou até de espaços virtuais materializados.
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PAVILHÃO II
WHEN PLAYFULNESS AND ABSURDITY WALK INTO A BAR
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No inicio do segundo pavilhão, recebem-nos obras que pela sua natureza lúdica, provocatória, ou desafiadora do uso de um plano comum de comunicação e entendimento, envolvem o espectador numa busca por novos sentidos e referenciais, fazendo uso de jogos de escala, de linguagem e de cor.
Encerrando por vezes um humor latente, as obras presentes alfinetam de forma critica e acutilante o modo como nos dedicamos a actividades de lazer ou descanso, constitutivas da necessidade humana, questionando e/ou legitimando o seu sentido, colocando em evidência algumas ironias e perversões.
PAVILHÃO II
GRIDS AND ECHOES OF LOST STRUCTURES
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A segunda parte deste segundo espaço expositivo, reune um conjunto de obras que exploram um sentido de perda de um lugar, de uma estrutura, ou de um estado de afirmação e coesão anterior. Subjaz-lhes uma melancolia latente, uma descoberta de um espaço ou estado "entre", de algo que ruiu, desapareceu ou evaporou.
A grelha, como contraponto, mesmo que destruída, afirma-se como o vestígio de uma ancora ao desejo de alguma racionalidade e certeza - talvez uma previsibilidade - que se perdeu ou foi interrompida.
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PAVILHÃO III
SPIRITUALITY AND NATURE'S DRIFTS
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O pavilhão três, inicia-se com obras que corporizam na sua matéria ou concepção uma aproximação ao meio natural. Nascendo muitas vezes da necessidade de deambulação do artista, sob a forma de percurso ou viagem, física ou mental, resultam diferentes gestos que visam o encapsulamento da natureza, a sua apropriação ou a construção de uma linguagem que surge da deriva, da necessidade primitiva de fazer em movimento, da harmonia com um ecossistema ou do fascínio da sua observação (traduzindo um rigor quase cientifico ou, paradoxalmente, uma construção ficcional, totémica ou espiritual).
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PAVILHÃO III
THE BODY AND THE OTHER BATTLEGROUNDS
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A exposição encerra-se com um conjunto de obras que exploram simultaneamente a noção de corpo como território e instrumento de conflito, desconformidade, disfunção e recriação e corpo como uma presença que se afirma pela ausência.
O corpo que não se vê, por desaparecimento ou fragmentação, transmuta-se em referêncial, em metáfora, em acção ou em veículo de reconceptualização dos seus limites, natureza e função, concebendo-se (ainda) a sua total aniquilação.
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Inauguração
04 Nov — 15h às 19h
Aberto ao público
09 e 10 Nov — 14h às 18h
11 Nov — 15h às 19h
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Visitas comentadas
09 Nov — 17h Bigorna
10 Nov — 17h Lisbon Art Weekend
11 Nov — 16.40h Bigorna
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